domingo, 30 de outubro de 2016

I Conferência de Educação do SEPE-Niterói 2016 - Vídeos-palestras

Conjuntura e Educação - Profa. Renata Corrêa.




Conferência completa da professora Renata Corrêa (Rede Municipal de Niterói, Biblioteca Popular Monteiro Lobato, ex-direção do SEPE-Niterói) sobre "conjuntura e educação".

Educação, direitos e lutas sociais - Profa. Maria Tereza Goudard.





Conferência completa da professora Maria Tereza Goudard Tavares (FFP-UERJ) sobre "educação, direitos e lutas sociais".

Educações alternativas - Prof. Franco de Castro.




Conferência completa do professor Franco de Castro (AEN / coletivos Reconsidere e Construindo Saber) sobre "projetos educativos / educações alternativas".

Currículos e práticas emancipatórias - Profa. Maria Luiza Sussekind.




Conferência completa da professora Maria Luiza Sussekind (Educação - UNIRIO / UERJ) sobre "currículos e práticas emancipatórias".

Não à meritocracia e pós-meritocracia - Prof. Diogo de Oliveira.



Conferência completa do professor Diogo de Oliveira (Prof. da Rede Estadual - Direção do SEPE-RJ / SEPE-Niterói) sobre "não à meritocracia e pós-meritocracia".

domingo, 16 de outubro de 2016

REDE MUNICIPAL DE NITERÓI - Jornal do SEPE-Niterói - Outubro de 2016

Jornal Especial - Rede Municipal de Niterói - Outubro de 2016

A luta que temos que organizar!

Vivemos tempos difíceis no Brasil e no estado do Rio, com muitos ataques aos direitos e às condições de vida dos trabalhadores. Não podemos nos iludir, esta situação já está atingindo e vai se aprofundar em Niterói. Precisamos avançar em nossa consciência de classe, estarmos atentos, nos unirmos e prepararmos para grandes lutas que terão que vir!


Queremos, com este jornal, convencer toda a categoria de que, mais cedo ou mais tarde, teremos que construir e fazer em Niterói uma grande greve. Somente este caminho de luta será a saída e a arma para defender nossos direitos e avançar em nossa valorização salarial, da nossa carreira e melhoria das condições de trabalho. Confira:

- Situação política nacional e estadual.
- Situação política de Niterói.
- Adicionais Transitórios.
- As perdas salariais.
- O novo Plano Municipal de Educação.
- Ataques à autonomia pedagógica.
- Atividades do SEPE-Niterói.

Participe!


Como já era de se esperar, os primeiros momentos do governo ilegítimo e reacionário de Temer representam gravíssimos ataques aos direitos conquistados por nós, trabalhadores/as. Está em pauta no Congresso Nacional um “pacotaço” de ataques: nova reforma da Previdência, os projetos PEC 241 e PLP 257 (que visam cortar investimentos nas áreas sociais, como educação, e “arrochar” o funcionalismo público em todo país).

Em paralelo, vivemos uma escalada de projetos que configuram sérios retrocessos, a partir de ideologias extremamente conservadoras: projetos de lei conhecidos como os PL’s “escola sem partido”, a emenda 98 que proíbe a discussão de gênero na educação de Niterói, ataques aos direitos das mulheres, proposta de redução da maioridade penal, desmonte das secretarias de projetos de combate às intolerâncias no MEC, etc.

Estado do Rio: calamidade olímpica!

E o governo Pezão / Dornelles também vai de mal a pior. Às vésperas das Olimpíadas decretou “calamidade pública nas finanças do Estado”, cortou verbas da educação e saúde, congelou e parcelou salários. Somente após 147 dias de greve o governo passou a “pagar em dia”, e mesmo assim já anuncia que “não tem como garantir as folhas de pagamento do fim do ano e o 13° salário”. Cada mês é um drama sobre o pagamento. Tentou fazer a Reforma da Previdência. E agora quer se apoiar na PLP 257 para manter estas políticas de “arrocho”. O caos parece justificado com a crise econômica. Mentira! Ao mesmo tempo em que sustenta o caos, o Governo mantém políticas de isenções fiscais e transferências de verbas para empresas, na escala dos bilhões de reais. Para as empresas há verbas!


Niterói não é uma ilha!
Os ataques já começaram, e vão piorar se não lutarmos!

A situação em Niterói também não é das melhores, e tende a piorar. O Governo tem feito muita propaganda em cima de uma suposta situação de conforto em relação a outros municípios e ao Estado: o principal mote é a manutenção do pagamento de salários dos servidores em dia. Às vésperas das eleições chegou-se a pagar “dentro do mês”, reivindicação antiga de Niterói.

Porém, opinamos desde o SEPE-Niterói que a situação de Niterói não condiz com a propaganda do Governo. Os salários estão em dia centralmente por causa das eleições, e os ataques aos direitos e cortes nas áreas sociais como Educação já começaram. Não podemos nos esquecer que já são dois anos seguidos (2015 e 2016) de reajustes salariais abaixo da inflação: 2016 fecharemos com mais de 10% de perdas. Não podemos nos esquecer que nosso Plano de Carreira, duramente conquistado com muitas greves (2000, 2001, 2005, 2010, 2011 e 2013) está congelado - estão atrasados os enquadramentos de formação, tempo de serviço e formação continuada - há um ano! Não podemos nos esquecer que os Aposentados não recebem os Adicionais Transitórios.

Aliás, temos que enfrentar a dura realidade: quem nos garante a incorporação dos Adicionais Transitórios? Quem garante, já que o Governo já desrespeita a lei que garante a incorporação, que é a mesmíssima lei do Plano de Carreira que não estão pagando? A situação mais provável é que teremos problemas na incorporação. E mais ataques já estão em curso: cortes de verbas da Educação, com piora no fornecimento de alimentos, contas de telefone e internet em atraso, manutenção das escolas prejudicada, climatização da Rede foi interrompida, materiais pedagógico diminui... E vem reforma da previdência aí!


No dia 04 de agosto de 2016 foi publicado no Diário Oficial de Niterói o novo Plano Municipal de Educação da cidade, com validade de 2016 a 2026. O chamado PMEN é um lei conjunta que cria metas e estratégias de desenvolvimento da Educação de Niterói, em especial sobre a Rede Municipal, que terão que ser cumpridas pelo Poder Público. Com todas as contradições que temos que observar, o novo PMEN é uma conquista dos educadores de Niterói. Foi graças a nossa mobilização, desde a III Conferência Municipal de Educação em 2015 e depois que o PMEN virou lei. O Governo conseguiu impedir a conquista de várias pautas nossas, mas muitas outras foram aprovadas como conquistas!


O novo PMEN incorporou, a partir de muita luta da categoria, várias reivindicações históricas pelas quais batalhamos há muito tempo. Vejamos:

Educação Infantil (EI): previsão de padrões de qualidade de infraestrutura; criação de um Fórum Permanente de Educação Infantil em Niterói, para elaboração e acompanhamento de políticas públicas; consolidação das três dimensões da EI - brincar, cuidar e educar; garantia de profissionais de Educação Física, Artes e Música na EI;

Ensino Fundamental: previsão de ajustes de infraestrutura em todas as escolas para todas tenham bibliotecas, laboratórios, acessibilidade, etc.; garantia da autonomia dos projetos político-pedagógicos de cada escola; criação de polos de saúde e assistência para trabalho intersetorial com as escolas;

Educação Integral em tempo integral: expansão da educação integral em tempo integral para 20% das escolas da Rede Municipal, com jornada de 8h de atividades pedagógicas;

EJA: manutenção da existência de metas que sustentem e ampliem a existência da EJA na Rede Municipal; criação do Fórum Municipal da EJA de Niterói; previsão de um projeto específico de educação integral para a EJA; realização de Encontros Municipais da EJA em Niterói; criação de um GT paritária entre sociedade civil e Poder Público para acompanhamento e fiscalização da EJA;

Educação Especial: criação e implementação de Centros Interdisciplinares de atendimento à Educação Especial Municipal; inserção do ensino de Libras para todos os alunos da Rede Municipal; garantia da sala de recursos em todas as Unidades;

CONQUISTAS HISTÓRICAS

- Proibição de terceirizações na Rede Municipal;
- Concurso público como princípio da gestão;
- Congresso Pedagógico para a revisão democrática da Proposta Pedagógica da Rede;
- Valorização salarial como princípio;
- Mudança de nomenclatura das Merendeiras para Cozinheiras Escolares;
- Criação do cargo de Auxiliares de Cozinha;
- Limitação de mandatos das Direções das Escolas e UMEI’s da Rede Municipal;
- Proibição da meritocracia na Rede Municipal;
- Revisão das modulações de trabalho.


Junto com a votação, no mês de julho, do novo Plano Municipal de Educação de Niterói, foi votado o nosso reajuste salarial. Vencemos o Governo, que queria impor REAJUSTE ZERO, por um lado. Por outro, perdemos nossa pauta de 12,8% de reajuste, índice que acabaria com as perdas salariais acumuladas desde 2015. O Governo acabou impondo o reajuste de 4,5%, abaixo da inflação pelo segundo ano seguido: não era a proposta que o Governo queria, mas ainda mantemos perdas salariais que tendem a crescer a cada mês que passa desde julho.

E a votação do novo PMEN também foi o espaço para que o Governo, articulando, como sempre, sua ampla base na Câmara de Vereadores, impusesse a negação de várias pautas históricas da categoria. Foi à votação e foram negadas as emendas do SEPE-Niterói: das 30 horas para todos os Funcionários, a migração de Professores I para o regime de 40h, o plano de saúde subsidiado pelo Prefeitura e a garantia do direito ao 1/3 de planejamento dos Professores II. Confira na página do SEPE-Niterói como votaram os vereadores nas principais votações.


A definição do novo PMEN também foi marcada pelo ataque reacionário da aprovação da emenda 98, de autoria do vereador Carlos Macedo (PRP), que pretende proibir a discussão de gênero e diversidades nas escolas de Niterói. Esta emenda, inicialmente vetada pelo prefeito Rodrigo Neves, terminou por ser aprovada pela maioria dos vereadores da base do Governo. Rodrigo nada fez para “disciplinar” sua base na Câmara, pois sempre consegue fazê-lo para negar direitos aos trabalhadores da educação, porque não conseguiu nesta votação? A emenda 98 representa um grave ataque, em três sentidos: procura constranger a autonomia de trabalho pedagógico dos profissionais da educação. Nós estudamos e nos formamos para exercer nossa profissão, que agora querem controlar “de fora” a partir de interesses escusos. É também uma emenda ILEGAL, pois contraria a Constituição Federal, a LDB e o Estatuto da Criança e do Adolescente. E é também opressiva, pois procura impedir que a escola debata e intervenha no justo combate às opressões que violentam nossa sociedade: o machismo e a homofobia que matam mulheres e LGBT’s, o racismo que oprime negros/as. Mas a resistência a este retrocesso já começou!


É importante ressaltar que a posição do Governo de Niterói de Rodrigo Neves, tanto na questão do reajuste quanto no Plano Municipal de Educação, foi estar contra as pautas da categoria. Na questão salarial, a posição inicial do Governo era impor reajuste zero. Vendo que “não pegaria bem” em ano eleitoral, e principalmente sob pressão da categoria / SEPE, veio os 4,5%, índice abaixo da inflação pelo segundo ano seguido. Rodrigo coordenou sua base na Câmara dos Vereadores para barrar o reajuste justo e correto de 12,8%. A desculpa é sempre “a crise”, mesmo sem queda brusca na arrecadação de Niterói.

Rodrigo também foi eficiente em coordenar sua base na Câmara para barrar as emendas das 30 horas, do 1/3 de planejamento dos Professores II, da migração de Professores I para o regime de 40 e do plano de saúde. A questão das 30 horas é a segunda vez que Rodrigo impede que seja aprovada. A migração para 40 horas dos Professores I, Rodrigo prometeu com políticos aliados em outra época eleitoral e não cumpriu. Por outro lado, arrancamos conquistas importantes, porém sempre enfrentando resistência coordenada pelo Governo. Ou seja, os avanços que conquistamos foram fruto de muita luta da categoria. E a luta continua, pelas vitórias que ainda virão!


Já apresentamos neste jornal as diversas pautas e problemas gerais e específicos de Niterói que estamos enfrentando. Queremos destacar, novamente, a questão dos Adicionais Transitórios: a incorporação, prevista para 2017, não está garantida! A lei do Plano de Carreira já está sendo desrespeitada, com fins de economia de gastos. O Governo já implementa a lógica de ajuste fiscal: os custos da “crise” e o pagamento das dívidas da Prefeitura vão para as nossas costas! Existe tanto as chances reais de não incorporação, mantendo o pagamento como Adicional (o que gera perdas na Carreira e os Aposentados continuam de fora), quanto a chance de parar o pagamento dos Adicionais a qualquer momento a partir de 2017.

Também estamos enfrentando graves ataques à autonomia de trabalho pedagógico. A aprovação da emenda 98 no novo Plano Municipal de Educação de Niterói, que proíbe a discussão de gênero e diversidades nas escolas. Em nível nacional, e também em Niterói, os projetos de lei “escola sem partido”, a contrarreforma do Ensino Médio, Base Nacional Comum Curricular, meritocracia... São ataques graves que também temos que enfrentar!

Precisamos organizar desde já a resistência. Com certeza teremos que ir para a forma mais enfática de luta: a greve! Esta luta tem que ser preparada, porque somente com muita luta que conquistamos todos os direitos que temos até hoje. E somente com muita luta defenderemos tais direitos, assim como conquistaremos mais. Sempre foi assim no passado, recente inclusive. Precisamos estar alertas, construindo laços de solidariedade como categoria e classe trabalhadora, participando das atividades do SEPE-Niterói, nos preparando para as lutas que já estão aí!

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Rede Estadual - Jornal do SEPE-Niterói - Outubro de 2016


GREVE DE 2016
EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA!


O calamitoso governo Pezão/Dornelles cortou verbas da educação, congelou e parcelou salários, parcelou o décimo terceiro, atrasou pagamentos de profissionais ativos e aposentados, e ainda ameaçou a fazer uma Reforma da Previdência que aumentaria a taxação sobre nossos vencimentos. Reagimos e fomos à greve!

Pezão e Dornelles: inimigos da Educação!

A greve histórica dos/as profissionais da educação da rede estadual em 2016 iniciada no dia 2 de março e suspensa no dia 26 de julho, com índices que chegaram a superar a marca dos 80% de adesão em todo o estado, mostrou que a categoria está preparada para enfrentar o projeto de desmonte da educação pública. Foram mais de quatro meses de muita mobilização na base, apoio de estudantes e responsáveis, assembleias massivas e vários atos de ruas para denunciar à população a falência do modelo comandado por Cabral, Pezão e, agora, Dornelles. É importante contextualizar que nossa greve em defesa da educação pública ocorreu em um ano marcado por uma profunda crise no país. Crise esta que atingiu em cheio o governo Dilma, que acabou derrubado por meio de um golpe parlamentar, jurídico e midiático. O governo que caiu não era um governo dos/as trabalhadores/as, mas sim um governo que aplicava uma política de ajuste neoliberal, que sancionou a Lei Anti-Terror, que anunciou cortes de salários e benefícios do funcionalismo, a Reforma da Previdência e a perspectiva de suspender os reajustes do salário mínimo. As elites substituíram o governo porque já não viam nele a capacidade de conciliar interesses diferentes, continuar aplicando o ajuste e garantir a estabilidade necessária a seus negócios.

Fora Temer! Nenhum direito a menos!

Nesse sentido, o governo Temer, é ainda pior, com um corte claramente conservador e autoritário, está determinado a acelerar e aprofundar a implementação do ajuste, das reformas que cortam direitos dos/as trabalhadores/as em benefício do lucro das elites. A Reforma da Previdência, a flexibilização da CLT, a PEC 241, o PLC 257, a MP do Ensino Médio e os vários projetos reacionários que estão em discussão em vários estados e municípios para amordaçar os profissionais da educação impedindo o pensamento crítico e as discussões de gênero e diversidade na escola, são parte de um cenário difícil, no qual, mais do que nunca, será necessário unificar os/as profissionais da educação e a classe trabalhadora de conjunto para lutar. Vamos juntos/as contra os ataques dos governos e na defesa de nossos direitos construir a Greve Geral!


ORIENTAÇÕES SOBRE A
REPOSIÇÃO

Mais uma vez orientamos a categoria de que a reposição não pode ser imposta, ela precisa ser construída coletivamente pelos grevistas e apresentadas à direção das escolas. A reposição poderá ser feita no contraturno, se assim definirem os grevistas, através de aulas aos sábados, projetos, atividades interdisciplinares, atividades extraclasse, como visitas a museus, centros culturais, etc. A própria circular da SEEDUC esclarece essas questões. A reposição não pode ser tratada pelas regionais e direções como punição aos grevistas! A greve é um direito garantido na Constituição e qualquer perseguição é passível de ação por perseguição política. Importante deixar claro que a reposição é um compromisso dos professores grevistas com os educandos. Se a greve foi longa deve-se a demora do governo em resolver as demandas da categoria por direitos e por uma escola pública de qualidade. Outras questões relativas à reposição:

a) Atestado médico: a regional e direção não podem recusar atestado médico de grevista, isso é absolutamente ilegal e pode ser denunciado no CRM;
b) Aposentadoria: nenhum profissional poderá ser impedido de abrir processo de aposentadoria por ter feito a greve;
c) Remanejamento: os profissionais que precisarem fazer o remanejamento de escola podem assinar um termo de compromisso na escola de origem e fazer o remanejamento para a escola de destino;
d) É importante deixar claro que qualquer forma de pressão ou assédio aos grevistas deve ser denunciado à Secretaria do SEPE, com nome da escola, nome da direção de escola ou regional, nome completo do profissional (secretaria@seperj.org.br ou sepeniteroi@gmail.com).

Por último, a assembleia de 10/09 aprovou que a categoria utilize até a segunda semana de março para a reposição.

Contra os ataques  aos direitos!
Contra as ameaças de cortes de salários e
décimo terceiro!
Contra os projetos de lei “escolas sem partido”!
Contra a reforma do ensino médio!
A LUTA CONTINUA!

Após o término da greve, entramos em ESTADO DE GREVE, para cobrar o cumprimento dos acordos que levaram à suspensão do movimento e prosseguir com a nossa mobilização. Nossa luta não acabou e precisa ser fortalecida, pois novos ataques começaram a surgir: o governo ainda não pagou os dias descontados, os aposentados e diversos servidores receberam com atraso e, como previsto, há possibilidade real de atraso dos próximos pagamentos e do décimo terceiro. Estamos diante de um cenário de crise nacional e estadual. É urgente que nós, educadores, sigamos unidos e mobilizados buscando a unificação com outras categorias para enfrentar os ajustes de Temer e Dornelles. Nossa participação nas lutas dos dias 22/9, 29/9 e 5/10, foram importantes iniciativas, mas precisamos ampliar nossa mobilização, mostrando novamente nossa força para deixar claro que não vamos permitir que nenhum dos nossos direitos seja retirado!

REPRESENTANTES DE ESCOLAS:
O SEPE NA ESCOLA! A ESCOLA NO SEPE!

O que o SEPE vai fazer? Cadê o SEPE? Você com certeza já ouviu, já disse, ou já pensou uma dessas perguntas. Claro, pois o SEPE é o seu sindicato e tem que defender seu salário, suas condições de trabalho, seus direitos. No entanto, é importante que a categoria entenda que a direção do SEPE tem o seu papel, mas sozinha não trará as conquistas que desejamos. É fundamental que cada escola tenha pelo menos dois representantes, sendo um do grupo de professores e um do grupo de funcionários, porque a construção das várias lutas da categoria deve partir de cada escola. As conquistas que esperamos só podem vir com a conscientização e organização permanente do conjunto da categoria. Os representantes ajudam a organizar a escola, passando para o SEPE os problemas e opiniões do seu grupo e levando para a escola as informações e ações do sindicato. Os representantes integram o Conselho de Representantes de Base, que se reúne mensalmente com abono de ponto, para ajudar na construção e direção do SEPE. Eleja os representantes da sua escola e participe ativamente da luta da sua categoria! O SEPE SOMOS NÓS!


REFORMA DO ENSINO MÉDIO | Não à contrarreforma!

O SEPE repudia veementemente o projeto de lei 6.840/2013, que tramita na Câmara dos Deputados, e que pretende, arbitrária e autoritariamente, promover uma contrarreforma eminentemente reducionista na estrutura curricular do ensino médio para as escolas públicas. De acordo com o projeto, as 13 disciplinas do EM seriam reduzidas a quatro: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Os alunos teriam acesso a um "conhecimento mínimo" sobre cada área e, passado um ano e meio, direcionariam seu interesse para uma dessas áreas, com foco no ensino técnico. Se tal projeto entrar em vigor, os professores das atuais 13 disciplinas deverão se "adaptar" a este novo currículo, lecionando conteúdos de todas as grandes áreas, ainda que sua formação não as abarque por completo. O ministro da educação, Mendonça Filho, já declarou que, caso haja dificuldade para aprovação do projeto na Câmara, o governo Temer poderá lançar mão de uma medida provisória para acelerar o que chama de uma das "prioridades do MEC".

Baseada numa análise oportunista dos últimos números do IDEB -- parâmetro que por nós vem sendo peremptoriamente criticado por mascarar o processo há anos em curso de sucateamento e desmonte da educação pública em âmbito nacional -- a posição do MEC representa retrocesso à organização escolar vigente no Brasil à época da ditadura empresarial-militar, e evidencia a subordinação do governo federal e dos governos estaduais aos interesses de mercado, representados aqui pela ingerência de conglomerados empresariais, como o Movimento Todos pela Educação, na formulação de políticas públicas para a educação brasileira. A intenção do empresariado é absolutamente clara: fomentar a geração de mão de obra acrítica, parcialmente formada, não mobilizada e mal remunerada, bloqueando os filhos da classe trabalhadora uma formação básica abrangente, aprofundada e comum a todos os estudantes do ensino médio. Além disso, alija os profissionais de educação de dedicarem-se a um fazer educacional que não pode prescindir da autonomia pedagógica, da organização dos trabalhadores por melhores condições objetivas de trabalho para si e de aprendizagem para os alunos e, fundamentalmente, da construção de uma escola pública gratuita, laica, autônoma, crítica e que de seja, de fato, de qualidade para todos os estudantes do país, indistintamente. Conclamamos todos os sindicatos, associações de trabalhadores e demais órgãos ligados à educação a aglutinarem forças contra este ataque do governo Temer à educação pública. Não à contrarreforma do ensino médio! Todos juntos em defesa da educação pública!

RESULTADOS DA GREVE

Veja alguns resultados da nossa GREVE: eleição para direção de escola; abono dos dias em que ocorreram paralisações e greves; fim do parcelamento de salários dos ativos; licença especial para docentes sem precisar esperar pela aposentadoria; 30 horas para funcionários administrativos; disciplinas de Sociologia e Filosofia com dois tempos em todos os anos; arquivamento do projeto de lei de Reforma da Previdência; fim do injusto sistema de meritocracia do SAERJ; uma matrícula, uma escola; descongelamento dos enquadramentos por formação; descentralização da perícia médica; diminuição da GIDE; pautas da educação indígena; entre outros. Algumas pautas seguem em negociação como:  reajuste salarial; 1/3 de planejamento; 30h para inspetores escolares; disciplinas de Arte e Língua estrangeira com dois tempos em todos os anos; retorno do calendário de pagamento, incluindo os aposentados; concurso público para técnico-adminstrativos, etc.

INFORME SOBRE AS CESTAS BÁSICAS

O SEPE informa aos profissionais da rede estadual que tiveram descontos de greve em seus vencimentos que a distribuição de cestas básicas já foi reiniciada. Os profissionais que quiserem esse auxílio do sindicato devem enviar um e-mail para sepeniteroi@gmail.com com cópia da identidade e do contracheque comprovando o desconto.

DEPARTAMENTO JURÍDICO

O SEPE-Niterói agora conta regularmente com um plantão de assessoria jurídica à disposição das causas da categoria. Caso necessite, entre contato conosco para agendar seu atendimento pelo e-mail: sepeniteroi@gmail.com

   
“Quem sabe faz a hora”

Juntos, fomos à luta reivindicar nossos direitos e a qualidade na Educação Pública. Reivindicamos respeito e dignidade aos Profissionais de Educação. Sem nossa união, a luta não teria sido possível. Dia após dia, tecemos redes de sentimentos múltiplos, fortalecemos os laços profissionais e de afeto. Guerreiros e guerreiras uniram suas forças, ajudando uns aos outros a prosseguir mesmo diante do endurecimento de um governo inimigo da educação, dos educadores e estudantes.

Os profissionais da Rede Estadual no município de Niterói,  participaram da maior greve dos últimos anos construindo uma mobilização que alcançou altos índices de adesão em quase todas as escolas e foi capaz de dialogar com estudantes, responsáveis e com a população, denunciando o calamitoso governo Pezão/Dornelles.

Realizamos o flashmob no Campo de São Bento, o ato de protesto silencioso na praia de Icaraí, a marcha até a Coordenadoria das Baixadas Litorâneas, atos unificados com outras categorias e com estudantes, além da participação incansável nas assembleias gerais e locais e nas reuniões do comando de greve geral e local que foram abertas para toda a categoria.

Nossos estudantes ocuparam as ruas e as escolas para defenderem o seu direito à educação de qualidade, para apoiar a luta dos educadores em greve e para dizerem que querem um outro projeto de educação.

A luta pela democracia nas escolas foi fortalecida no importante Seminário de Gestão Democrática do SEPE-Niterói que realizamos na UFF. Esperamos que as eleições para direção de escola, os conselhos escolares, os grêmios estudantis e a construção coletiva dos projetos político-pedagógicos ajudem a tornar nossas escolas mais democráticas.



O sentimento de pertencimento aos grupos nas escolas foi o maior resultado da nossa luta. Os profissionais puderam se (re)descobrir em seus locais de trabalho construindo e debatendo em seus grupos. Outra escola para os filhos da classe trabalhadora é possível! As escolas nunca mais serão as mesmas! Lutamos, choramos, mas também rimos e festejamos. Celebramos a oportunidade do encontro, da parceria e a chance de lutar ao lado daqueles e daquelas que fizeram história. Valeu a pena! E a luta continua!

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Prestação de Contas - SEPE-Niterói - Junho, Julho e Agosto de 2016

Prestação de Contas do SEPE-Niterói
Junho, Julho e Agosto de 2016.

Conselho Fiscal:
1) Profa. Marta Maia (Rede Municipal de Niterói - EM Prof. André Trouche)
2) Profa. Viviane Coelho (Rede Estadual - EE Dr. Memória)
3) Profa. Danielle Sampaio (Fora de Rede)

Olá categoria. A parti desta publicação, o SEPE-Niterói passa a republicar com regularidade, através deste blog e da página Sepe Niterói no Facebook, a prestação de contas do Sindicato - Núcleo de Niterói. Nosso sindicato, que historicamente congrega, representa e organiza a luta coletiva dos Profissionais da Educação Pública, é independente de governos e patrões, por isso é sustentado pela contribuição voluntária da categoria que se filia ao Sindicato. Somos contra o imposto sindical. Como se poderá ver mais abaixo, a principal arrecadação do SEPE-Niterói vem das contribuições de filiados da Rede Municipal de Niterói e da Rede Estadual (proporção dos filiados da base territorial de Niterói), a maior parte dos gastos do SEPE-Niterói se concentra nas múltiplas formas de encaminhar as lutas da categoria: aluguel e manutenção da nossa sede e contrato de funcionária que secretaria o Sindicato, destinadas para atendimento cotidiano da categoria, atendimento jurídico e organização das lutas; materiais gráficos e vários instrumentos das lutas nas ruas (faixas, cartazes, camisas, bandeiras, etc.) e nas escolas e Assembleias; transporte da Rede Estadual para atividades e assembleias fora de Niterói; gastos cotidianos com as visitas de escolas e atendimento à categoria por parte da Direção do SEPE-Niterói e ativistas que se somam nesta luta - transporte, alimentação, etc.

Com a prestação de contas, queremos que a categoria acompanhe o dia a dia e a organização do SEPE-Niterói, para controlá-lo, pois o Sindicato é da categoria. Fiscalização, cobranças, opiniões e críticas para avançar na luta coletiva da categoria são mais que bem vindos/as! Participe do seu Sindicato! Filie-se ao SEPE-Niterói!

Junho de 2016



Julho de 2016



Agosto de 2016