domingo, 11 de novembro de 2012

NÃO aos fiscalizadores da SEEDUC / Banco Mundial nas escolas!

ATENÇÃO CATEGORIA! SEEDUC vai monitorar nosso trabalho com agentes do Banco Mundial, visando punição aos professores e ao aprofundamento do Plano de Metas. O projeto começa a ser implantado nesta semana!

PROFESSOR/A, DIGA NÃO!

Índice:
- Posição do SEPE-RJ
- Matéria do Jornal Extra sobre o assunto
- Nota prelimiar do SEPE-Niterói
- Nota do SEPE Regional 6


Orientação do SEPE-RJ para os/as professores/as da rede estadual sobre o início do trabalho dos avaliadores do Banco Mundial nesta segunda (12/11).

A direção do Sepe, tendo em vista o ínicio previsto para a próxima segunda-feira (dia 22/11) do trabalho dos supervisores que o projeto SEEDUC/Banco Mundial vai implementar primeiramente em 100 escolas da rede estadual, orienta os professores destas unidades para que procedam da seguinte maneira:
 
- em primeiro lugar, nós, os professores, somos os "Regentes de Turma". Ou seja, os profissionais são as autoridade máxima em sala de aula.

- também não existe qualquer documento oficial que tenha instituído a obrigatoriedade da presença desses "supervisores" nas salas de aula.

- nesse sentido, nenhum professor poderá ser obrigado a aceitar qualquer interferência desses avaliadores em sua sala de aula.

- o Jurídico do Sepe está dando tratamento e acompanhamento a essa questão.

Leia esta matéria do jornal Extra:

SEPE-Niterói solicita Audiência com a Coordenadoria das Baixadas Litorâneas:
Hoje, 01/11, o SEPE-Niterói enviou Ofício solicitando Audiência com a Coordenadoria para tratar dos seguintes assuntos:
- "Fiscalização" do trabalho dos professores da rede com agentes do Banco Mundial
- Otimizações de turmas da rede em Niterói
- Situação das escolas da rede em Niterói (fechamentos de escolas, por exemplo).

Segue abaixo uma nota preliminar do SEPE-Niterói sobre a questão da fiscalização da SEEDUC / Banco Mundial:
Já é de conhecimento de parcela considerável da categoria a nova medida da SEEDUC de ataque aos nossos direitos e à nossa dignidade profissional: como parte do Plano de Metas, a Secretaria está treinando coordenadores pedagógicos no Banco Mundial para fiscalizarem o trabalho dos professores em sala de aula. O projeto, de alcance inicial em 100 escolas da rede agora em novembro de 2012, visa, sob o disfarce de localizar "os melhores", começar o processo de punição aos professores que, na visão da Secretaria e do Bando Mundial (neoliberal), "não sabem educar". É o que está por trás desta medida, além de aprofundar a lógica meritocrática e produtivista que está conduzindo a educação pública à ruína.

A categoria deve se organizar e impedir a entrada nas salas de aula destes fiscais estranhos à educação pública e seus interesses! O SEPE-Niterói está na luta para deter este grave ataque.

O papel da fiscalização da SEEDUC/Banco Mundial (Nota do SEPE - Regional 6)

A partir da próxima semana, os fiscais do projeto da Secretaria de Estado de Educação/Banco Mundial iniciarão um processo ostensivo de julgamento das práticas adotadas em sala de aula, pelos professores de 100 escolas da Rede Estadual. Rotina no mundo empresarial, essa fiscalização é parte importante das reformas de mercado que estão sendo implantadas na rede pública de ensino, dentro da política meritocrática de incentivos e sanções, que visa à premiação daqueles cuja performance atenda aos interesses das grandes fundações empresariais e a punição dos que se atrevem a resistir.

Os fiscais sabem que sua tarefa é contribuir na disseminação da idéia de que o professor não tem alternativa a não ser cumprir as determinações impostas pelos projetos dos “economistas da educação”, com seus procedimentos padronizados, sem espaço para questionamentos e reflexões, apenas com metas a atingir. A resistência dos professores é um obstáculo que os fiscais da SEEDUC aceitaram ajudar a destruir. Participando do processo de controle que pretende transformar os professores em operários tarefeiros a serviço do treinamento de alunos, não de sua formação, são os próprios fiscais que se tornam operários servis, reduzidos a um dos piores papéis que alguém pode ocupar na sociedade.
 

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